Concurso PF: você pode até desanimar, mas desistir, JAMAIS 

Leia o depoimento de Isis Carmo, aprovada no último concurso de Agente da Polícia Federal. Em sua trajetória, Isis reprovou em vários concursos, reprovou nos testes físicos, teve dificuldades financeiras e médicas, mas não desistiu e conquistou a tão sonhada aprovação na Polícia Federal! 

08/09/2015 – Saga Policial

Isis Carmo foi uma guerreira. Seu depoimento merece estar entre as postagens motivacionais do Saga Policial. Fica seu exemplo de luta e persistência para os futuros candidatos aos concursos públicos da área policial.

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Olá, meu nome é Isis e gostaria de compartilhar com vocês um pouco da minha trajetória. Desde já, adianto que “facilidade”, no meu caso, é um planeta distante e ainda não descoberto pela NASA.

Iniciei meus estudos, para concursos, em 2009, quando meu irmão pagou meu primeiro cursinho e eu estava no final da faculdade de Letras. Comecei estudando pra Auditor da Receita Federal, em razão do salário mesmo, porque não tinha a menor noção do que era o cargo. Não passei no concurso. Depois comecei a estudar para Tribunais. Só o concurso do TJSP tentei 3 vezes! Depois estudei para Anvisa, Anatel, TST…só pra fazer um resumo.

Ai você está lendo isso e se perguntando: “mas Isis, porque você não estudou focada para a Polícia Federal?”. Porque eu olhava para esse concurso e pensava que só semideus era capaz de fazer prova do Cespe/UnB e ainda por cima passar em TAF, Exames Médicos e Psicotécnico. Mas…é aquela coisa, né? A tal da “Voz do Coração”, vulgo vocação, que insiste em te instigar por dentro.

Então, em 2012 fiz a prova de Agente da PF. Devo ter feito menos 50 pontos! Hoje olho para aquela prova e penso “Meu Deus, como errei isso?”. Porém, percebi que não era nada anormal fazer aquela prova e que, se eu me dedicasse, conseguiria.

Eu falei 2012?? Agora que vem a parte “pega um lencinho e chora comigo”. Eu me formei em 2011, em Letras, comecei a ministrar aulas, mas vi que odiava. Teve um dia que simplesmente acordei, me olhei no espelho e comecei a chorar só de pensar que iria passar o resto da minha vida dando aula. Então, eu comecei a mandar currículo para um moste de lugar e nada…2012 fiquei só por conta de estudos e quase fiquei LOUCA, porque na minha casa a renda era baixíssima, via minha mãe ficar doente por não ter como pagar tudo em dia e o montinho das contas só subir. Acho que foi um dos anos mais difíceis da minha vida até hoje.

Em 2013 eu comecei a ministrar aula de Francês para dar conta de pagar um mínimo de despesa pessoal e continuei estudando. Nas segundas eu tinha a tarde inteira para estudar, então ficava na escola estudando penal (e dando uns cochilos básicos em cima do livro…hahaha). Nesse ano, fiz a prova de Escrivão da PF e tirei 72 pontos no gabarito prévio, depois fiquei com 83 pontos no final, maaaaaaaaassss….reprovei na redação. Calma, não caia da cadeira. Mesmo se eu tivesse passado na prova, eu não passaria no TAF, pois quando comecei a treinar, não tinha força pra fazer a barra e nem dava conta de correr (na verdade, ate hoje sofro para correr).

No final do ano, ainda em 2013, fiz o concurso para a PCDF e fui para o Teste Físico (TAF) de Escrivão. Reprovei nesse TAF por 100m na corrida. Morri? Não, porque esse concurso me fez perceber que eu poderia me matar de estudar, mas no TAF eu ia cair.

No inicio de 2014 eu mudei de emprego (continuei ganhando pouco) e trabalhava meio período, numa agência de publicidade, como revisora de textos. Então, minha rotina era acordar cedo, estudar umas 2h, ir a academia, almoçar, ir trabalhar, voltar para casa e estudar mais 4h, em resumo. Só que com nisso tudo meu namoro acabou e eu fiquei muito abalada, mas foi nessa fase que mais tive certeza: esse era o caminho do concurso da PF que eu queria – relacionamento é instável, mas meu carguinho lindo é para sempre (não fiquem tristes, depois ele se arrependeu e pediu pra voltar. Ele não é bobo de ter uma ex na PF).

Em 2014 eu fiz pouca prova. Fiz PRF administrativo (fiquei no CR), TJGO (passei) e Agente dA Polícia Federal (APF). Agora que vem a parte PUNK. Pessoal, esse concurso é a prova de que quando você tem uma aliança com Deus, ele dá a resposta no momento certo da sua vida.

Nesse concurso de APF eu fiz 50 pontos no gabarito prévio (isso mesmo, você leu certo, CINQUENTA pontos). Meu fim de ano foi um horror. Minha mãe não queria escutar a palavra “federal” lá em casa. Eu olhava os rankings e quase morria. Pensa: desde 2012 estudando para essa prova e tirar um fiasco de nota dessas?! Ai…conversei com um pessoal e eles sempre me diziam “Isis, treina, porque nesse concurso nada é definitivo até o resultado final”. Então, eu peguei mais firme na academia, treinando saltos e barra. Mas a corrida eu continuei levando com a barriga (NÃO FAÇAM ISSO). Natação não fazia porque o lugar mais próximo lá de casa era caríssimo e eu não tinha o $$ para pagar sem ter certeza do investimento.

Quando saiu o resultado, eu não acreditei. Eu fui olhar o resultado procurando o nome de outros amigos meus e de repente vi lá: MEU NOMEEEEEEEEEEE. EU IRIA FAZER O TAF, NÃO ACREDITO! Claro que, como tudo nesse concurso, você tem 5 minutos de alegria para um futuro de ralação. Comecei a natação na semana do resultado, numa quarta-feira. Ai a rotina era: natação todos os dias + academia + trabalho (morta) + corrida, ao chegar em casa a noite. Gente, sério, se vocês possuem esse concurso como objetivo, comecem os treinos agora, porque vocês não possuem ideia do que é essa rotina de treino, ainda mais para quem não está acostumado. Foram 3 semanas assim…3 semanas que pareciam 3 anos. Então veio o TAF…

O TAF dá mais um post inteiro, mas em resumo, passei e quando acabou…eu só sabia chorar, porque não acreditava que tinha conseguido. Até hoje, só de lembrar, eu começo a encher os olhos de lágrimas.

Nos exames médicos descobri que tenho perda auditiva leve. Meu mundo caiu só de pensar que ia perder o concurso. Mas graças a Deus, deu tudo certo.

Na fase seguinte, avaliação psicológica, estudei para o Psicotécnico por meio do manual do “anjo” concurseiro Robson. Eu mandei mensagem para ele dizendo que se não fosse o manual, eu não teria a menor chance.

Então, como mensagem final, gostaria de dizer que do ano de 2009 para 2014, eu reprovei em mil concursos e, de fato, só passei em dois (TJGO e PF). Como vocês puderam perceber, motivos para desistir eu poderia enumerar 1 milhão, mas motivo para continuar eu só tinha um: ser aprovada no concurso da PF. Esse concurso é igual namorado cafajeste: bate, esculacha e você continua apaixonada querendo ficar com ele…hahahaha – Brincadeiras a parte, vocês têm uma missão: CONTINUEM ATÉ PASSAR. Se eu consegui, vocês conseguem hahahaha

Ahhh…e os simulados do MPF (Missão Papa Fox): simplesmente PRIMORDIAIS para os estudos. Vale o investimento.

Bem, eu já falei demais. Não sei se ajudei, porque meu depoimento mais pareceu um “fala que eu te escuto”, mas espero que o essencial dele vocês tenham assimilado: NUNCA, NUNCA, NUNCA DESISTAM. Desistir é sempre o caminho mais fácil. Você pode até desanimar, mas desistir, JAMAIS!

Um forte abraço a todos e até mais.

Isis Carmo

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